segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

NATAL

Chegaram os familiares,quantos abraços,meu Deus
de muitos nem lembro mais o nome
recebo-os apenas com um sorriso xoxo
que mostra bem o que eu penso sobre mais esse incômodo
Na parte de fora,as luzinhas piscam-que-não-piscam,
as mesmas do ano passado,por isso algumas
já estão queimadas.só despiscam.
A árvore tem bolinhas vermelhas verdes azuis
e uma estrela de papel crepom amarelo na ponta
e alguns falsos presentes coloridos em sua base
só não tem a graça que costumava ter nos meus tempos de garotinho
passou a juventude,pulou-se a fase.
Champanhe na geladeira,geladinha,ah,isso sim!
Acompanhada de outros quitutes-meu Deus,olha o peru
já se faz presente em forma de cheiro assado!
E o pavê,as frutas cristalizadas,taças,brindes,festa!
Alvoroço,alvoroço não é hora do almoço!
Mas já está posta a ceia-aleluia!
Todos comem,bebem,lembram menino Jesus
que mal tinha o que comer após um díficil parto
na parte mais recôndita de um estábulo.
E cantam,dançam,alegres!
Já nasceu o salvador!
Pena que não foi capaz de salvar o panetone
das garras do gato de casa,o esfomeado
comeu tudo sem repartir nenhum pedaço!
E logo todos partem,satisfeitos,com as bochechas coradas
Carregando como podem os presentes-cada um tem o seu!
Deve ser a generosidade característica dessa época
de noite feliz,noite feliz!Oh Senhor,Deus de Amor?
E eu aqui,observo tudo de canto,como quem ri,bem baixinho,
dessa baboseira de espírito natalino.

Homenagem póstuma aos perus

Enquanto os homens de bom coração
Celebram,cantam a pleno pulmão
O Natal,tempo de paz e harmonia,
de gentileza e reconciliação
Os perus sentem a morte cada vez mais próxima
Agitam-se,remexem-se para um lado
e para o outro,mas não tem como escapar!
Como fugir daquilo que pelo próprio menino Deus foi providenciado?
Esvoaçam,se debatem,tem que haver fuga!
Mas como fugir de tamanha e abençoada gula?
Cabeças.cabeças,cabeças.
Um olho no santo e outro no forno.
Pobre animal,está perdoado.
Amém!

O Existencialismo Segundo Carla Fernanda

Existir...
a gente nasce, cresce e morre...
existir é tão complexo como o ato de comer...o alimento q chega até o estomago, mistura-se com os sucos gastricos e no final vira cocô...
Os olhos dizem o que eu sou...não a minha roupa, a cor do meu cabelo ou se minha bolsa é rosa ou azul...eu posso ser alternativa, mas gostar de um modelinho de paty e só pq eu sou alternativa vou deixar de compra-la? Não...isso seria contra os meus principios...a final visto-me para o meu conforto e não pra dizer nada...pra dizer uso meus olhos...uso as palavras...e mesmo assim confesso deixo muito a desejar...
Pensar...pra que pensar..pensar cansa....dá dor de cabeça e no fim não chegamos a conclusão nenhuma...a vida é muito vulnerável...é efêmera...mudamos a cada instante e mesmo assim não deixamos de sermos nós...
NÃO PODEMOS SER JULGADOS COMO CASCAS...qdo a casca faz parte da fruta!!!!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Mais pensamentos....

E continuo na minha luta... isso realmente me perturba.
Como posso ser feliz buscando a futilidade? Como se realizar quando tudo o que sei é aquilo que tenho... ou tudo o tenho é aquilo que sei... quando os temas vão do shopping à a academia? Prefiro os botecos de eskina, aqueles onde se vê as pessoas e não suas cascas... oh!! as cascas.
Quem gosta de cascas, aposto que você gosta de banana, mas você come a casca..? Laranjas, gosto das mais amarelinhas, não como a casca... mas porque gosto das mais amarelinhas?
A casca fala sobre o que tem dentro, mas "não julgue um livro pela capa"!!! Vou ser sincero, julgo sim!! Um bom livro é aquele que tem uma boa capa, se eu escrevesse um livro colocaria sua principal idéia na capa, um autor genial põe em seu livro uma capa genial, um romance tem uma capa romântica e um suspense tem uma capa tenebrosa.... enfim. Pessoas....
Pessoas bonitas são interessantes? A casca não tem a ver com a beleza corporal ou a falta dela, a casca que falo são as roupas... eu não me visto como mussulmano porque não sou um, minhas roupas falam sobre mim... hippies (juro que não sei escrever isso) andam como hippies, cowbóis como cowbóis, e assim por diante.... isso não é preconceito. Penso que uma pessoa não deve se sujeitar a dar a impressão de ser o que não se é. Não tem nada a ver com "dane-se o que eles pensam de mim", tem a ver com "não quero parecer paty se de fato não sou", tem a ver com ser o que se é..

Comentem....

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O homem Guarda-Chuva


Todos o encaram como sujeito carrancudo,fechado,de mal com a vida,nebuloso. Pudera, vive enlutado,suas vestes pretas entregam seu constante humor. Vítima de depressão,diz que encontra refúgio apenas nos cantos da casa,atrás de portas.
Costuma sair somente em dias chuvosos é quando se sente mais aberto, útil. Sempre relegado,muitas vezes esquecido,ainda reclama por fazer volume desnecessário,apresenta-se como incômodo. Pudera, as gotas d'água suas solitárias amigas não o consolam,só choram manhosas por cima dele,manhosas.
Seu nome,nada se sabe muito bem sobre isso(bem poderia ser melancolia),mas chamam-no de Guarda-Chuva,devido à função que exerce como funcionário público,fiel à sua prática,desconsolado,desconsolado. Muitas vezes embolora, coitado, sofre de doença terrível. Se por acaso desjunta uma de suas pernas então...lixo na certa,e mais solidão.
Protege a cabeça o peito de senhores,senhoras,meninos,meninas,moças e rapazes fielmente, e fica ele mesmo entregue aos impropérios dos ventos,castigos torrenciais.Altruísmo? Pura falta de opção diz pra si mesmo,pobre.
Se o viram sorrindo- bocado de tempo!, foi quando sua escala o levou até as mãos de uma velhinha vó, já fraquejada pelo tempo, que usava o senhor Guarda-Chuva também em belos e quentes dias de sol em suas curtas caminhadas até padarias, açougues, praças, casa da tia Analu. Desde então seu único amor as idosas, doces parceirinhas, pareciam compreendê-lo melhor. Emprestavam sentido à sua existência molhada.


Um dia,naquele que estava de humor tempestuoso,com ar de trovão enfurecido,moleque vento bateu nele tão,tão forte!ele escapou das mãos molengas da menina magrela e foi voando,voando qual balão.Sumiu.
Se encontrou felicidade,não-sei,não-sei.Fosse talvz a sua sina ser casmurro entojado,ao menos percorre agora campos desconhecidos ao sabor do mesmo moleque vento.E não só quando cai o céu em forma de pingo.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

"Só acreditar"
Dois caras diante de uma vitrine, decoracada com enfeites de natal, se entreolham depois de contemplar por alguns minutos aquela invenção dos deuses da tecnologia.
- Velho, preciso comprar essa coisa, é fabuloso! - disse o mais jovem, com um olhar esperançoso que todo jovem sustenta.
- Cara, pra comprar esse "treco" você vai ter que fazer alguma coisa, tem que trabalhar - disse o mais velho e ponderado.
- Capaz, só tem que acreditar! É sério, vou conseguir! Vou conseguir! - continuou o jovem com aquele olhar besta.
- Hum! Não adianta só ficar falando não, as coisas não caem do céu ! - advertiu com cara preocupada o mais velho.
- Ah, para! Tantos caras só falam coisas que nunca fizeram, dizendo "é só acreditar" !
O mais velho saiu de fininho e o mais novo permaneceu concentrado olhando para o objeto de desejo, enquanto repousava na sua mão esquerda um livro de auto-ajuda. Depois de um certo tempo entendeu que enquanto um trouxa "só acreditava" outro fazia fortuna só de "falar", certamente o autor do livro em suas mãos também "acreditava" que teria trouxas lendo e crendo em tamanha besteira.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008


DENTRO DE MIM
RESTA APENAS UMA FAGULHA...
UM ASCO
UMA VONTADE
OUTRA VONTADE
E MAIS OUTRA VONTADE QUALQUER...

DENTRO DE MIM
RESTA UM SUFOCAMENTO
QUE VEM DE FORA
QUE VEM DE DENTRO
QUE EMBAÇA MEUS PENSAMENTOS...

DENTRO DE MIM
RESTA UM DESEJO
DE QUE EU FOSSE PERFEITA
AOS OLHOS TEUS...

DENTRO DE MIM
RESTA
APENAS UM PEDAÇO MEU
E O OUTRO DE VC...
(14/03/08)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Teimosia

Tento,
Logo insisto
Para que meus erros
Se transformem em ensinos
Para
acertos precisos

Insisto,
Logo persisto
Para transformar esse branco
Em sentimento e sentido.

domingo, 30 de novembro de 2008

Opniões Roubadas

Opniões Roubadas

Já ouviu falar de sustentabilidade?
Mantem contato com a realidade?
É um exemplo de ativista do socialismo
Ou morre de medo do comunismo?
Adora o estilo de vida do veganismo?
E come o que é natural pra alimentar o organismo?
Sempre que acorda corre ler a veja
Absorve tudo que viu e espera a cerveja
Depois de alguns copos mostra que sabe
Tirando pensamentos impensados
E cuspindo em qualquer ouvido que cabe
Procurando sempre uns idiotas interessados
Quando finalmente acha o maldito do infeliz
Expreme a cabeça pra arrotar todo seu conteúdo no ar
Argumentam contra o individuo que diz
Algo contrario do que esteja a par
Mas no fundo você sabe plenamente
Que nenhuma enciclopédia pensa
Do mesmo jeito os fanáticos de alguma crença
Pois quem lê muito sempre conhece
Mas só quem reflete sabe o que acontece

sábado, 29 de novembro de 2008

Ser

Tento ser
em ser
nascer...
o morrer de cada dia...

o renascer
nascer
crescer
ser...

em não ser igual
a todos seres
que não são
seres voluntários...

os seres-não-seres
de ser o que os outros querem

nascer-ser-crescer
ser

ser
ser
ser
e morrer a cada dia...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Caminhos

Sair por aí, ventos e cabelos numa aventura de encontros e desencontros rumo a si mesmo, rumo à desconhecidas consciências e sentidos, para além das acomodações minerais do tédio midiático vigente e doutrinário, por vales verdes ou secos numa busca pelo buscar e não pelo buscado, uma filosofia da vida que se afirma ao negar como prêmio o resultado.
Muitos saem assim por aí. Muitos veem por variados ângulos. Um novo espectro da cor, um novo tipo de amor, quantos hábitos, velhas formas do mando e do dono, aconchegos inesperados, antigas delicias reveladas a quem não precisou gastar nada, eita vida boa, diria Villa-Lobos, distinto viajante desses alternativos caminhos.
Mítica e tão massacrada metáfora do caminho, que tomada para si e afirmada como única e para todos, gerou vários ismos, desde os de direto do púlpito, livros, das subliminares telas, altares, salas de aula e jornais diários, passando pelo consumo aparvalhado, pelo intelectualismo murcho, pelas carreiras de sucesso, pelos cargos vitalícios, em velocidades ópticas, virtualidades, uma calculada dose de convencimento, e quantos arrebanhados para nova via.
Falo de inércia e sobre escolhas, escolher um lado, um gosto, um amigo, um gato e um cachorro, um som pra baixo e triste, mas que paradoxalmente te deixa em paz e alegre, escolher, assim, num simples e afirmativo exercício de vida.


(Por acaso, outra resposta ao Pedro)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

CARTA AOS NAMORADOS

Quero falar aos namorados,já sabendo que de nada adianata falar aos mesmos- eles nada escutam. E me pergunto se tenho mesmo coisas a dizer para aqueles que transformam sabedoria universal em divino esquecimento, e que perdem os olhos para toda a paisagem e perdem os ouvidos para toda melodia, só vendo e escutando o que eles próprios fabricam.
Desejo falar a esses que, enquanto namorados,sao cegos, muitas vezes surdos,algumas vezes mudos,e,num todo,felizes; mas que antes e após sao gente como a gente, no pedestre e fatigante dia-a-dia.Quero abrir contato com aqueles que são fora do tempo, das obrigações e que são,sem necessidade de RG ou CPF: para os muitos a quem os códigos impostos retrocedem, as multas acabam por envergonhar-se e até mesmo guerras e tratados internacionais encolhem o rabo;e acabo por me questionar o que diria aos conquistadores do tempo,que nascem a cada dia novos,renovados e inovantes,em meio a uma batalha constante em que nada,nem ninguém,se ganha ou se perde?
Ouso manifestar que o namoro é o destino dos humanos,destino que regula a intensidade de nossa dor,a amplitude de nossa doação e a complexidade de nosso inferno prazeroso.E que,mesmo que se monte a partir de peças apenas aparentes,num plano onde não s epode dizer com exatidão o que se é e onde se está,esse não é o problema: o problema é,antes,como exercer a arte de namorar,nao aprendida em vídeos educativos ou universidades,ainda que as mais conceituadas.
Nascemos ignorantes,namorados,vivemos ignorantes e morremos 3 vezes mais ignorantes,uma vez que nascemos,vivemos e morremos por algo sem explicação? Não;o que muito podemos não interpretar podemos,sim,aspirar como essência de um segredo perfumado sobre um mundo maior que este mundo.
E digo que isso de namoro é bem mais do que juntar duas atrações,em velho ou novo estilo,entre arrepios,murmúrios.silêncios,caminhadas,jantares,fins de semana,passeios,dias-dos-namorados,fotos coloridas,filmes,lençóis.motéis,beijos e carícias que não guardam,nem comportam a alma de ninguém. Namorar,se é que é alguma coisa, é o sentido absoluto que se esconde em gesto simples, não ijntencional e nem previsto, que dá gosto à cor do amanhecer, para durar e perdurar feito som de mar em conchas,ou no infinito.É um movimento que vai além de signo e de sintaxe,desprendido de estado ou condição.
Vocês,quero dizer-lhes,são estrelas fora de qualquer sistema ou situação;sao seres duplicados,abrangentes,que se miram e se desdobram em si mesmos e ,como tais,devem fugir da limitação terrestre que os persegue,invejosa,com dizeres do tipo:"Vai acabar!Desista!Fuja!Esqueça!",lembrando que são os fracos que esquecem,os tímidos que desistem e os covardes é que fogem,ao passo que imensos brilhantes nascem a cada hora-outros namorados,prontos para a novidade da mais antiga experiência,reafirmada em singelo,mas tangível, neologismo:namoramor.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Uma resposta para a pergunta do Pedro


ah é uma tirinha meio machista, mas até nós mulheres as vezes temos nossos momentos "machistas", de machismo mesmo, nada a ver com feminismo ou femismo ou o caraio a 4...

quem quiser visitar...putz o cara é foda...André Dahmer...afinal de contar até os poetas esperam um pouco de diversão...




terça-feira, 18 de novembro de 2008

NÃO SE FAÇA DE SURDO


A voz do povo

É muda
A voz do povo

É surda

-O quê?

-Surda!

-O quê?

-Surda!

-Hein?

Surda.E mesmo assim

Ecoa em generosas

expresões de fé

-Louca!

-O quê?

-Louca!

-O quê?

Louca.Como a enunciação

desse pensamento cismado,

absurdo como tudo é

-O quê?

-Surdo!

-O quê?

-Louco!

-O quê?

Para escapar

Para escapar das ferozes garras
Já agarrei em cauda de cometa
e em rabiola de pipa.
Já escalei borda de estrela
e quando vi paredão frio,fui de subida.
Já redigi versos deprimidos
e outros,em que de tudo me redimo.

Para escapar das atrozes presas
já fui rei,vivendo com escravo
De tudo um pouco,sujei,
dizendo:"depois eu lavo".
Já fugi pra fora de um labirinto
Indo cair direto em precipício
Já criei asas,e mesmo desafinado,já cantei-
muitas vezes aprendi,em outras só amei

Para escapar do terror das feras
Já vesti black-tie clássico
hoje vou de bermuda e regata.
Já tomei ações bastante severas,
porém, cheguei bem foi com atitude sensata.
Já conheci o perfume de muitas musas-
com muitas delas me engraçei
Mas,se ao escapar,perguntassem
-Com qual delas escaparia?
Diria mesmo que só o seu nome é que sei.

Para escapar...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Eu x eu.

Existe uma linha lógica que eu gostaria de compartilhar com vocês, alguns pensamentos que vêm me perturbando há algum tempo.

Qual o verdadeiro sentido da vida....
O ser humano vive procurando esse tal "sentido da vida", eu tenho fortes argumentos para dizer que o mesmo é ser feliz. É evidente que felicidade deve ser bem definido, pois há várias interpretações do que é felicidade, porém aqui vou me ater em falar sobre a guerra que existe em cada um de nós em busca dessa tal "felicidade".
Como pode o "pobre" brasileiro (pobre nos dois sentidos) ser tão feliz? Ou a palavra seria "alegre"? O que importa é que o povo brasileiro sorri, e como pode isso em meio a tantos problemas sociais e tão próximos? (essa é uma pergunta que vai ficar sem resposta...)
Aposto que todos nós já estivemos "entre a cruz e a espada", estivemos em situações onde importantes decisões precisavam ser tomadas... como decidir entre uma coisa e outra sem se arrepender? Não se tem como ter certeza de nada antes da escolha, talvez nem depois, mas o fato é que nós sempre ficamos com uma pulguinha atráz da orelha, que muitas vezes nos tiram o sono, antes, durante e depois das decisões.
Agora falo das pequenas decisões, aquelas como por exemplo, a cor da roupa a ser usada num dia de festa.... pode parecer fútil, mas é exatamente aí que eu quero chegar, para alguns é fútil (particularmente para mim é extremamente fútil) mas não para todos, porque isso aflige tantos alguns seres humanos? Há momentos em que parece que tenho dois "eus" dentro de mim, um que diz sim, e outro que diz não.... isso consome , abala, como uma guerra e traz infelicidade... como então viver assim, se não posso ser feliz?

Gostaria de contribuições para o assunto, e se não fui muito claro gostaria de ser questionado sobre.
Queria deixar bem claro que essa discussão é de cunho puramente filosófico e por isso toda, absolutamente toda contribuição será bem aceita.

domingo, 16 de novembro de 2008


ex - rio
pão pro peixe
uma multidão de veras!
mas com usina isso num existe mais não...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Amor Torto


Cupido de flechas tortas,esquisitas,

visto voando por vielas desajustadas

em alguma cidade embriagada.


Cupido de mãos já vacilantes

mirou o peito,acertou os dedos

que logo se apaixonaram pela folha de papel em branco.


Com ela namoraram,casaram

tiveram filhos: versos saudáveis,legítimos

mas que também eram tortos,esquisitos...


E,talvez por isso,sentiram-se sozinhos.


Cupido,besta mas solidário,disparou

mais uma-menina era o seu novo alvo.

O tiro,porém,passou longe do coração


Atingiu seus olhos que,agora enamorados,

nada mais queriam além de repouso

sereno e tranquilo,nas estrofes soltas do amado.


Cupido,sentindo dever cumprido

regressou tonto ao seu lar,Monte Olimpo

e de lá ficou bebendo em honra aos desclassificados.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

noite

Os sons da noite, mas principalmente os silêncios, já não metem medo. Está por si na vida, pensa, ainda que tantos o rodeiem e lhe estendam por vezes camas ou alfinetes.

Nem tudo é questão de escolha, a lua que logo menos aparecerá cheiando, como o umbigo miraculoso da deusa Nut, por trás das fantasmas nuvens carregadas do espectro da vida, de eletricidade-alma, surgirá inundando o vale e a cidade que dorme, sem escolher ser lua, muito menos cheia, muito menos musa.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Benvindo à Peixe Amarelo

Na Cidade do Peixe Amarelo
Não pega bem gravata
Cheira a embuste
Entortar o R pega bem
Ser católico também
Festejar ilustres
Parcelar bravatas
Ainda assim não escapar ao belo

Na Cidade do Peixe Amarelo
Vive a feliz e a ingrata
Uma dá riso a outra chute
Cada uma quer o bem
Só uma sabe que só querendo não se tem
Se preciso rude
Não temer as próprias traças
Gozar a vida sem a culpa dos modestos

Na Cidade do Peixe Amarelo
A natureza em cascata
Lindas iaras nutrem
Seus lindos seios num vai e vem
Umas querendo outras também
Um noivo impune
Merecer e ser tratada
Ter da vida seu sucesso

Na Cidade do Peixe Amarelo
Rio e vida pela madrugada
Muitos brindes à saúde
Agarrar cada vintém
Fazer de si o que se tem
Em salvas à virtude
Sete caixas de cachaça
E sorrisos de rastelo

Na Cidade do Peixe Amarelo
Sonho e vida entrelaçada
Namorar a juventude
Dar pancada no desdém
Esquecer o que não vem
Braço dado à quietude
Ter-se dono em cada praça
Ser feliz que só um ébrio

sábado, 1 de novembro de 2008

Determinismo


Eu sou tudo isso

Que vocês fizeram

O erro por conseqüência

O acerto pelo descrédito

sexta-feira, 31 de outubro de 2008


A chuva chegou...

pegando-a desprevinida...

A sorte é que ela estava no ônibus..


Seus pensamentos se encontravam

com as cores dos pingos

"A cidade fica tão linda com

o brilho da chuva"


Do ônibus

as linhas da luz no chão

iam de encontra a luz do ônibus

seguem-se como dois amantes

que não são capazes de se desgrudar...


Os pingos aumentam

e assim aumentam as cores

são explosões de pingos

pingos...

nas luzes dos postes

dos faróis dos carros,

nas janelas...

no chão...


ela...

hipnotizada...

quase pensou ser

os pingos

eclodindo no chão...


quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O bem-estar e outras cores

O bem-estar e a hipocrisia Falo de uma pequena cidade, ótima pruma boa preguiça, boa brisa, muitos tons de verde, uma pintura por poente. Suas vias caprichosas sempre convidando ao passeio, tanto melhor se for a pé, na marcha que captura os detalhes, um andar que vem pela outra calçada, cheiros, um canto de memória num canto de quintal, passos que formam o passeio e juntos formam aquela paz, como se os deveres estivessem todos cumpridos, um pequeno lugar, que disso faz sua melhor dádiva.

Algum célebre disse que “se conhecer-mos nosso vilarejo saberemos do mundo”! ou algo assim; sei que o bem-estar não faz parte de todos os lugares, diria privilégio, já que chega a tão poucos destinos. Sendo assim, os lugares e suas mentalidades são diferentes.

Talvez queria ele dizer das coisas que são universais e humanas, como a preguiça (pelo menos eu gostaria que fosse), o medo da morte, ou a hipocrisia.

Pensando bem, nessas nossas vidas citadinas, quantas pequenas hipocrisias não praticamos em favor duma convivência ou duma vantagem vislumbrada, ou ainda para salvar o próprio couro, ou ainda ao não discutirmos questões diretamente ligadas, como o consumo de crack e o aumento de furtos e roubos, excesso de TV e outras telas e tédio mental, modas e consumismo, políticos e nossos bolsos e principalmente nosso direito de posse da cidade. Pensando bem, e o orçamento participativo?

Assim andando, me pego no meio de uma praça, entre graves palmeiras, mais velhas que as memórias mais antigas dos senhores, alguns de chapéu, que jogam cacheta e discutem política nos bancos ao lado da fonte, me pego pensando questões tão cinzas em terreno tão colorido, bem-estar e hipocrisia, um colorido um cinza.

E a sinceridade, que cor teria? Seria branca, desapegada de todas as outras cores?

Não sei, sei que as cores dizem muito, e são sinceras, mostram no ato num vermelho de raiva, ou num verde de calma, num esnobe cinza e prata, num orgulhoso dourado, no preto sua rebeldia ou gala, assim convivendo coloridos e cinzas, pintando o tecido social deste lugar.

Estou agora com os pés n’água, até os joelhos dentro do rio, verde este, espelhado de tão calmo, pois o ar também está, e eu também estou, estou até azul de fome, fome de um abraço apertado e assim sincero, como esta tarde.




terça-feira, 28 de outubro de 2008

Como diria Tom Jobim...

"Se você pretende sustentar opinião
E discutir por discutir
Só prá ganhar a discussão "
(Discussão - Tom Jobim)

Agora temos um blog, que chique uai...
Bom...o espaço é de todos e pode ser postado qualquer assunto. É só passar o e-mail para eu enviar o convite pra poder escrever aqui!
Aproveitando o espaço, gostaria de fazer um protesto contra a "censura" no Mãos, eu entendo os motivos pelo qual o tópico sobre vegetarianismo (que eu, infelizmente não pude ler) foi apagado, pelo que sei rolou baixaria, mas eu gostaria muito de ter entrado na conversa e manifestar minha opinião também.
A real é que a galera tava sacaneando, até porque os jogos da comunidade tem o objetivo de desenvolver a criatividade, o que faz com que as respostas obvias sejam deixadas de lado e o que mais se utiliza lá é ironia, sarcasmo, enfim...garanto que ninguém vai sair matando vaca a machadada!
Eu não sou vegetariana e sinceramente acho uma ideologia um pouco vaga, mas respeito os adeptos, até porque para parar de comer carne da noite pro dia tem que ter uma força de vontade do caralho! Pelo que soube do conteúdo do post, eram citadas várias pessoas importantes e vegetarianas. O que chega a ser até surreal, pow o cara era importante porque era vegetariano? Bom, até acredito que pessoas vegetarianos têm muita convicção no que fazem, mas uma coisa não está relacionada a outra.
Bom, o blog tá inaugurado e o espaço aberto para quem quiser DEBATER o assunto, sem baixaria e ofensas por favor, até porque nem tem motivo!




Está inaugurado o NOSSO blog
=)