Sair por aí, ventos e cabelos numa aventura de encontros e desencontros rumo a si mesmo, rumo à desconhecidas consciências e sentidos, para além das acomodações minerais do tédio midiático vigente e doutrinário, por vales verdes ou secos numa busca pelo buscar e não pelo buscado, uma filosofia da vida que se afirma ao negar como prêmio o resultado.
Muitos saem assim por aí. Muitos veem por variados ângulos. Um novo espectro da cor, um novo tipo de amor, quantos hábitos, velhas formas do mando e do dono, aconchegos inesperados, antigas delicias reveladas a quem não precisou gastar nada, eita vida boa, diria Villa-Lobos, distinto viajante desses alternativos caminhos.
Mítica e tão massacrada metáfora do caminho, que tomada para si e afirmada como única e para todos, gerou vários ismos, desde os de direto do púlpito, livros, das subliminares telas, altares, salas de aula e jornais diários, passando pelo consumo aparvalhado, pelo intelectualismo murcho, pelas carreiras de sucesso, pelos cargos vitalícios, em velocidades ópticas, virtualidades, uma calculada dose de convencimento, e quantos arrebanhados para nova via.
Falo de inércia e sobre escolhas, escolher um lado, um gosto, um amigo, um gato e um cachorro, um som pra baixo e triste, mas que paradoxalmente te deixa em paz e alegre, escolher, assim, num simples e afirmativo exercício de vida.
(Por acaso, outra resposta ao Pedro)
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
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