domingo, 30 de novembro de 2008

Opniões Roubadas

Opniões Roubadas

Já ouviu falar de sustentabilidade?
Mantem contato com a realidade?
É um exemplo de ativista do socialismo
Ou morre de medo do comunismo?
Adora o estilo de vida do veganismo?
E come o que é natural pra alimentar o organismo?
Sempre que acorda corre ler a veja
Absorve tudo que viu e espera a cerveja
Depois de alguns copos mostra que sabe
Tirando pensamentos impensados
E cuspindo em qualquer ouvido que cabe
Procurando sempre uns idiotas interessados
Quando finalmente acha o maldito do infeliz
Expreme a cabeça pra arrotar todo seu conteúdo no ar
Argumentam contra o individuo que diz
Algo contrario do que esteja a par
Mas no fundo você sabe plenamente
Que nenhuma enciclopédia pensa
Do mesmo jeito os fanáticos de alguma crença
Pois quem lê muito sempre conhece
Mas só quem reflete sabe o que acontece

sábado, 29 de novembro de 2008

Ser

Tento ser
em ser
nascer...
o morrer de cada dia...

o renascer
nascer
crescer
ser...

em não ser igual
a todos seres
que não são
seres voluntários...

os seres-não-seres
de ser o que os outros querem

nascer-ser-crescer
ser

ser
ser
ser
e morrer a cada dia...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Caminhos

Sair por aí, ventos e cabelos numa aventura de encontros e desencontros rumo a si mesmo, rumo à desconhecidas consciências e sentidos, para além das acomodações minerais do tédio midiático vigente e doutrinário, por vales verdes ou secos numa busca pelo buscar e não pelo buscado, uma filosofia da vida que se afirma ao negar como prêmio o resultado.
Muitos saem assim por aí. Muitos veem por variados ângulos. Um novo espectro da cor, um novo tipo de amor, quantos hábitos, velhas formas do mando e do dono, aconchegos inesperados, antigas delicias reveladas a quem não precisou gastar nada, eita vida boa, diria Villa-Lobos, distinto viajante desses alternativos caminhos.
Mítica e tão massacrada metáfora do caminho, que tomada para si e afirmada como única e para todos, gerou vários ismos, desde os de direto do púlpito, livros, das subliminares telas, altares, salas de aula e jornais diários, passando pelo consumo aparvalhado, pelo intelectualismo murcho, pelas carreiras de sucesso, pelos cargos vitalícios, em velocidades ópticas, virtualidades, uma calculada dose de convencimento, e quantos arrebanhados para nova via.
Falo de inércia e sobre escolhas, escolher um lado, um gosto, um amigo, um gato e um cachorro, um som pra baixo e triste, mas que paradoxalmente te deixa em paz e alegre, escolher, assim, num simples e afirmativo exercício de vida.


(Por acaso, outra resposta ao Pedro)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

CARTA AOS NAMORADOS

Quero falar aos namorados,já sabendo que de nada adianata falar aos mesmos- eles nada escutam. E me pergunto se tenho mesmo coisas a dizer para aqueles que transformam sabedoria universal em divino esquecimento, e que perdem os olhos para toda a paisagem e perdem os ouvidos para toda melodia, só vendo e escutando o que eles próprios fabricam.
Desejo falar a esses que, enquanto namorados,sao cegos, muitas vezes surdos,algumas vezes mudos,e,num todo,felizes; mas que antes e após sao gente como a gente, no pedestre e fatigante dia-a-dia.Quero abrir contato com aqueles que são fora do tempo, das obrigações e que são,sem necessidade de RG ou CPF: para os muitos a quem os códigos impostos retrocedem, as multas acabam por envergonhar-se e até mesmo guerras e tratados internacionais encolhem o rabo;e acabo por me questionar o que diria aos conquistadores do tempo,que nascem a cada dia novos,renovados e inovantes,em meio a uma batalha constante em que nada,nem ninguém,se ganha ou se perde?
Ouso manifestar que o namoro é o destino dos humanos,destino que regula a intensidade de nossa dor,a amplitude de nossa doação e a complexidade de nosso inferno prazeroso.E que,mesmo que se monte a partir de peças apenas aparentes,num plano onde não s epode dizer com exatidão o que se é e onde se está,esse não é o problema: o problema é,antes,como exercer a arte de namorar,nao aprendida em vídeos educativos ou universidades,ainda que as mais conceituadas.
Nascemos ignorantes,namorados,vivemos ignorantes e morremos 3 vezes mais ignorantes,uma vez que nascemos,vivemos e morremos por algo sem explicação? Não;o que muito podemos não interpretar podemos,sim,aspirar como essência de um segredo perfumado sobre um mundo maior que este mundo.
E digo que isso de namoro é bem mais do que juntar duas atrações,em velho ou novo estilo,entre arrepios,murmúrios.silêncios,caminhadas,jantares,fins de semana,passeios,dias-dos-namorados,fotos coloridas,filmes,lençóis.motéis,beijos e carícias que não guardam,nem comportam a alma de ninguém. Namorar,se é que é alguma coisa, é o sentido absoluto que se esconde em gesto simples, não ijntencional e nem previsto, que dá gosto à cor do amanhecer, para durar e perdurar feito som de mar em conchas,ou no infinito.É um movimento que vai além de signo e de sintaxe,desprendido de estado ou condição.
Vocês,quero dizer-lhes,são estrelas fora de qualquer sistema ou situação;sao seres duplicados,abrangentes,que se miram e se desdobram em si mesmos e ,como tais,devem fugir da limitação terrestre que os persegue,invejosa,com dizeres do tipo:"Vai acabar!Desista!Fuja!Esqueça!",lembrando que são os fracos que esquecem,os tímidos que desistem e os covardes é que fogem,ao passo que imensos brilhantes nascem a cada hora-outros namorados,prontos para a novidade da mais antiga experiência,reafirmada em singelo,mas tangível, neologismo:namoramor.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Uma resposta para a pergunta do Pedro


ah é uma tirinha meio machista, mas até nós mulheres as vezes temos nossos momentos "machistas", de machismo mesmo, nada a ver com feminismo ou femismo ou o caraio a 4...

quem quiser visitar...putz o cara é foda...André Dahmer...afinal de contar até os poetas esperam um pouco de diversão...




terça-feira, 18 de novembro de 2008

NÃO SE FAÇA DE SURDO


A voz do povo

É muda
A voz do povo

É surda

-O quê?

-Surda!

-O quê?

-Surda!

-Hein?

Surda.E mesmo assim

Ecoa em generosas

expresões de fé

-Louca!

-O quê?

-Louca!

-O quê?

Louca.Como a enunciação

desse pensamento cismado,

absurdo como tudo é

-O quê?

-Surdo!

-O quê?

-Louco!

-O quê?

Para escapar

Para escapar das ferozes garras
Já agarrei em cauda de cometa
e em rabiola de pipa.
Já escalei borda de estrela
e quando vi paredão frio,fui de subida.
Já redigi versos deprimidos
e outros,em que de tudo me redimo.

Para escapar das atrozes presas
já fui rei,vivendo com escravo
De tudo um pouco,sujei,
dizendo:"depois eu lavo".
Já fugi pra fora de um labirinto
Indo cair direto em precipício
Já criei asas,e mesmo desafinado,já cantei-
muitas vezes aprendi,em outras só amei

Para escapar do terror das feras
Já vesti black-tie clássico
hoje vou de bermuda e regata.
Já tomei ações bastante severas,
porém, cheguei bem foi com atitude sensata.
Já conheci o perfume de muitas musas-
com muitas delas me engraçei
Mas,se ao escapar,perguntassem
-Com qual delas escaparia?
Diria mesmo que só o seu nome é que sei.

Para escapar...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Eu x eu.

Existe uma linha lógica que eu gostaria de compartilhar com vocês, alguns pensamentos que vêm me perturbando há algum tempo.

Qual o verdadeiro sentido da vida....
O ser humano vive procurando esse tal "sentido da vida", eu tenho fortes argumentos para dizer que o mesmo é ser feliz. É evidente que felicidade deve ser bem definido, pois há várias interpretações do que é felicidade, porém aqui vou me ater em falar sobre a guerra que existe em cada um de nós em busca dessa tal "felicidade".
Como pode o "pobre" brasileiro (pobre nos dois sentidos) ser tão feliz? Ou a palavra seria "alegre"? O que importa é que o povo brasileiro sorri, e como pode isso em meio a tantos problemas sociais e tão próximos? (essa é uma pergunta que vai ficar sem resposta...)
Aposto que todos nós já estivemos "entre a cruz e a espada", estivemos em situações onde importantes decisões precisavam ser tomadas... como decidir entre uma coisa e outra sem se arrepender? Não se tem como ter certeza de nada antes da escolha, talvez nem depois, mas o fato é que nós sempre ficamos com uma pulguinha atráz da orelha, que muitas vezes nos tiram o sono, antes, durante e depois das decisões.
Agora falo das pequenas decisões, aquelas como por exemplo, a cor da roupa a ser usada num dia de festa.... pode parecer fútil, mas é exatamente aí que eu quero chegar, para alguns é fútil (particularmente para mim é extremamente fútil) mas não para todos, porque isso aflige tantos alguns seres humanos? Há momentos em que parece que tenho dois "eus" dentro de mim, um que diz sim, e outro que diz não.... isso consome , abala, como uma guerra e traz infelicidade... como então viver assim, se não posso ser feliz?

Gostaria de contribuições para o assunto, e se não fui muito claro gostaria de ser questionado sobre.
Queria deixar bem claro que essa discussão é de cunho puramente filosófico e por isso toda, absolutamente toda contribuição será bem aceita.

domingo, 16 de novembro de 2008


ex - rio
pão pro peixe
uma multidão de veras!
mas com usina isso num existe mais não...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Amor Torto


Cupido de flechas tortas,esquisitas,

visto voando por vielas desajustadas

em alguma cidade embriagada.


Cupido de mãos já vacilantes

mirou o peito,acertou os dedos

que logo se apaixonaram pela folha de papel em branco.


Com ela namoraram,casaram

tiveram filhos: versos saudáveis,legítimos

mas que também eram tortos,esquisitos...


E,talvez por isso,sentiram-se sozinhos.


Cupido,besta mas solidário,disparou

mais uma-menina era o seu novo alvo.

O tiro,porém,passou longe do coração


Atingiu seus olhos que,agora enamorados,

nada mais queriam além de repouso

sereno e tranquilo,nas estrofes soltas do amado.


Cupido,sentindo dever cumprido

regressou tonto ao seu lar,Monte Olimpo

e de lá ficou bebendo em honra aos desclassificados.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

noite

Os sons da noite, mas principalmente os silêncios, já não metem medo. Está por si na vida, pensa, ainda que tantos o rodeiem e lhe estendam por vezes camas ou alfinetes.

Nem tudo é questão de escolha, a lua que logo menos aparecerá cheiando, como o umbigo miraculoso da deusa Nut, por trás das fantasmas nuvens carregadas do espectro da vida, de eletricidade-alma, surgirá inundando o vale e a cidade que dorme, sem escolher ser lua, muito menos cheia, muito menos musa.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Benvindo à Peixe Amarelo

Na Cidade do Peixe Amarelo
Não pega bem gravata
Cheira a embuste
Entortar o R pega bem
Ser católico também
Festejar ilustres
Parcelar bravatas
Ainda assim não escapar ao belo

Na Cidade do Peixe Amarelo
Vive a feliz e a ingrata
Uma dá riso a outra chute
Cada uma quer o bem
Só uma sabe que só querendo não se tem
Se preciso rude
Não temer as próprias traças
Gozar a vida sem a culpa dos modestos

Na Cidade do Peixe Amarelo
A natureza em cascata
Lindas iaras nutrem
Seus lindos seios num vai e vem
Umas querendo outras também
Um noivo impune
Merecer e ser tratada
Ter da vida seu sucesso

Na Cidade do Peixe Amarelo
Rio e vida pela madrugada
Muitos brindes à saúde
Agarrar cada vintém
Fazer de si o que se tem
Em salvas à virtude
Sete caixas de cachaça
E sorrisos de rastelo

Na Cidade do Peixe Amarelo
Sonho e vida entrelaçada
Namorar a juventude
Dar pancada no desdém
Esquecer o que não vem
Braço dado à quietude
Ter-se dono em cada praça
Ser feliz que só um ébrio

sábado, 1 de novembro de 2008

Determinismo


Eu sou tudo isso

Que vocês fizeram

O erro por conseqüência

O acerto pelo descrédito