sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Poeminha pra Mario Quintana

Os meus poemas
Não os trago de cabeça
Eles vem assim
Quando querem
Quando anseiam pelo chão de onde vieram


A terra natal dos poemas
Cidade-menino
Canta a cada retorno
Faz festa
Como a terra
Quando chega a chuva



Dessa comunhão ganha muito o mundo
E as multidões bovinamente
Para o mesmo lado
Nem suspeitam
Tais e tantas delícias


Perderão, por exemplo
Um poeminha nascendo
E o mundo como que entendendo
Chora lá fora
Chovendo de alegria

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